Para quem não sabe o CossFit é uma marca, e o CEO dessa marca Greg Glassman,  fez um comentário racista no Twitter em resposta ao Institute for Health Metrics and Evaluation. Para quem está perdido e não conhece o contexto estamos em meio à pandemia do COVID-19, simultaneamente houve uma ocorrência policial nos Estados Unidos, na qual um policial branco, mata um cidadão preto, George Floyd, por sufocamento, os desdobramentos não podiam ser piores, mas não cabe narrar o ocorrido, você pode ler aqui. O episódio foi filmado e rodou o mundo nas redes sociais e emissoras de TV, imediatamente surgiram manifestações em todo o mundo contra o racismo, cujo slogan é BLACK LIVES MATTER, inclusive no Brasil.

Dentro deste contexto o diretor do centro global de pesquisa em saúde Institute for Health Metrics and Evaluation afirmou que o racismo é um problema de saúde pública e o CEO do CROSSFIT respondeu “It’s FLOYD-19”, associando a morte de George Floyd à pandemia de Covid-19

CROSSFIT COMENTÁRIO RACISTA DE CEO DA MARCA: repercussões.

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A repercussão para a marca foi a altura da gravidade do comentário, muitos contratos foram cancelados, uma desses cancelamentos veio da Reebok que era patrocinadora do CrossFit Games, competição internacional da modalidade As pessoas não compactuam mais com o racismo seja em qual forma que ele venha a aparecer. Várias empresas brasileiras estão trocando o nome de seus box que eram licenciados do Crossfit, para Cross Traininhg ou outro nome genérico, para não ter seus estabelecimentos vinculados ao racismo. Nos Estados Unidos isso também aconteceu.

Esse é um excelente exemplo do que pode acontecer quando um representante de uma marca (as vezes acontece o oposto, uma pessoa patrocinada por uma marca), faz uma declaração pública sobre um assunto tão sensível. Isso serve para qualquer outro tipo de discriminação, para qualquer outra causa a favor da vida. Se você, por ventura, tem dúvidas sobre como se posicionar, leia mais, pense mais antes de se manifestar. Outro importante ponto a ser olhado é quando a missão/visão/valores de uma marca, não condizem com aquilo que ela expressa. O que presenciamos neste caso, é uma mistura de ambos.

“Para uma marca que afirma ser ‘para todos’, o silêncio ensurdecedor a respeito de casos de racismo do passado e presente nos diz tudo”, disse, em nota, a Petworth Fitness. A academia norte-americana encerrou uma parceria de 8 anos com a CrossFit.

A modalidade foi formatada em 2000, com características bem definidas e as empresas que quiserem oferecer esse programa precisa licenciar o nome CrossFit. Em 2016, o número de licenciava cerca de 13 mil academias no mundo.

Após a repercussão, em declaração no Twitter, Glassman afirmou “Eu, CrossFit HQ e a comunidade CrossFit não apoiamos o racismo. Eu cometi um erro com as palavras que escolhi ontem. Meu coração está profundamente triste com a dor que causou. Foi um erro, não racista, mas um erro.” Talvez tenha sido tarde demais.