O maior desafio, para pessoas com diabetes, é como lidar com a alimentação, existe a necessidade de controle do consumo de alimentos ricos em açúcar e carboidratos e estes podem estar escondidos em alimentos que nem imaginamos. A prática e a escolha pelos exercícios mais adequados, também, já que muitas vezes pessoas com diabetes têm um comportamento sedentário.

Com mais de 16 milhões de pessoas com diabetes, o Brasil é o 5º país com mais incidência da doença no mundo, segundo dados da Federação Internacional de Diabetes (IDF). Ainda de acordo com a instituição, esse número pode chegar a 21,5 milhões de pessoas até 2030.

É difícil avaliar o que é mais desafiador uma criança que é diagnosticada com Diabetes bem cedo e tem toda sua rotina alimentar e de exercícios ajustada, como acontece geralmente, com que tem Diabetes tipo 1, ou uma pessoas que descobre depois de adulto (pode acontecer antes, também), que tem Diabetes tipo 2 e precisa abdicar da noite para o dia de uma rotina alimentar.

Veja o que Beatriz Scher, influencer da diabetes, diagnosticada com diabetes tipo 1 aos seis anos de idade disse sobre isso: “Lidar com a diabetes por si só já é difícil, mas estar exposto a guloseimas, fast-food, bebidas alcoólicas e outras delícias, acaba sendo um obstáculo para quem descobriu a doença recentemente. No meu caso, como fui diagnosticada ainda criança, cresci sabendo o que deveria ou não comer, isso tornou as coisas um pouco menos difíceis. No entanto, a maior queixa dos meus seguidores recém-diagnosticados é essa dificuldade em se adaptar à sua nova vida”,

O médico Christian Aguiar, autoridade em saúde preventiva e natural, explica que ter uma estratégia nutricional faz grande diferença no controle dos sintomas e na qualidade de vida de pessoas com diabetes. E eu posso afirmar que o exercício físico, bem orientado, pode ser um divisor de águas tanto na prevenção quanto no tratamento.

Diabetes. alimentação e exercício

Qual a diferença entre diabetes tipo 1 e tipo 2

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A diabetes tipo 1 costuma ser diagnosticada na infância e na adolescência, sendo desenvolvida por conta da redução ou da falta de produção de insulina, por conta dessa baixa produção, o pâncreas não consegue controlar a glicose. Já a diabetes tipo 2 é diagnosticada, principalmente, em adultos a partir dos 40 anos e em idosos, podendo surgir pelo sedentarismo, pela má alimentação, por conta da obesidade e pelo estresse.

No tipo 2, diferente do 1, ainda há a produção de insulina no corpo, porém, há uma resistência à atuação dela no organismo. Segundo Dr. Christian, apesar da diferença, o acompanhamento com especialistas é importante em ambos os quadros, já que a alimentação pode ser uma grande aliada para proporcionar uma melhor qualidade de vida. Além da alimentação a prática regular de exercícios também contribui para o controle da glicemia.

Mesmo que a prevalência seja em adultos maduros, já existem inúmeros casos de diabetes tipo 2 em crianças, adolescentes e adultos jovens. Meu filho teve o diagnóstico aos 22 anos, era obeso e com comportamento sedentário. Hoje, com muitos quilos a menos, controla a doença com exercícios diários intensos e orientados. Tornou-se ciclista.

Cuidados com a alimentação no tratamento da Diabetes

“Para os diabéticos e para quem quer se prevenir da patologia, a dieta low carb é a mais indicada, diminuindo o consumo das maiores fontes de carboidrato, como o pão, macarrão, bolo e todos os alimentos que levam muita farinha na sua produção. O ideal é que haja o consumo diário, no máximo, entre 100 a 150g de carboidrato. Outro alimento que também deve ser evitado e consumido com moderação é o açúcar, ele provoca uma sobrecarga no pâncreas, que, consequentemente, não consegue produzir insulina suficiente para diminuir os níveis de glicose”, recomenda o médico.

Dr. Christian Aguiar ressalta o cuidado com o consumo de frutas, principalmente em forma de suco. Isso porque para preparar apenas um copo, há a necessidade de uma quantidade maior de frutas, equivalendo à uma taxa maior de açúcar no organismo. “Quando consumimos muito açúcar, diminuímos a função mitocondrial, o pâncreas trabalha excessivamente e com isso aumenta a resistência de insulina no corpo. E essas alterações prejudicam a saúde do diabético”, explica.

Vale lembrar, aqui, que isso se refere às pessoas que têm a doença. Precisamos tomar cuidado com o terrorismo alimentar, de forma alguma suco de frutas é prejudicial à saúde de pessoas saudáveis. O que devemos observar sempre, está relacionado com a quantidade do consumo ( e isso vale para tudo!), afinal, já dizia Paracelso, médico do início do século XVI, a diferença entre o remédio e o veneno está na dose.

O Dr. Christian Aguiar dá algumas dicas dicas de alimentação para diabéticos e que pessoas saudáveis também poderiam seguir!

  • Evite o consumo de carnes processadas, como bacon, salsicha, salame etc
  • Evite bebidas com alto teor de açúcar, como sucos naturais, refrigerantes e energéticos;
  • Evite a ingestão de carboidratos refinados, como o pão, bolo, macarrão, mesmo em suas versões integrais;
  • Evite o consumo de frituras, já que são altamente inflamatórias e aumentam a resistência à insulina.

Cuidados com exercício físico no tratamento da Diabetes

É importante monitoramento constante da glicemia (antes, durante e após o exercício) que irá determinar as estratégias que deverão ser adotadas para promover o ajuste dos valores, permitindo a participação segura no programa de exercícios.

O exercício tem a capacidade de promover a hipoglicemia que pode durar de horas até dias após o término dos mesmo. Essa é uma resposta metabólica normal, mas que dependendo do estado do indivíduo no momento da prática (em condições de deficiência ou excesso de insulina)  pode  melhorar ou não o controle da glicemia. Por isso o controle é importante, principalmente nos diabéticos do tipo 1.

No tipo 2 dificilmente o exercício gera descompensação e por isso é altamente recomendado. A prática frequente de exercícios estimula a produção de insulina, aumenta a sensibilidade celular à insulina, aumenta a capacidade de captação de glicose pelo músculo.

Pesquisas mostram que os efeitos exercício na glicemia podem ocorrer de forma aguda (no momento da prática) e crônica também (perdurando mesmo após a prática). Hoje sabemos que embora os exercícios aeróbios sejam bastante recomendados no controle glicêmico, exercícios resistidos (musculação, por exemplo) podem ter efeitos ainda melhores a médio e longo prazo.

Músculos maiores, mais desenvolvidos exigem mais do nosso metabolismos aumentando a captação da glicose pelo músculo, que é usada como fonte de energia.

O ideal é que diabéticos não fiquem mais de 48 horas sem se exercitar e que façam sua sessão de exercícios orientados por um Profissional de Educação Física, que deve ser avisado previamente sobre a condição do indivíduo.

Acompanhamento médico

Diabetes é uma doença que necessita de acompanhamento médico. Por mais que se mantenha uma boa alimentação e uma vida ativa, um médico, preferencialmente um endocrinologista, deve ser consultado regularmente para o controle da doença.

A influencer da diabetes alerta suas seguidoras sobre a necessidade de ter um acompanhamento médico e nutricional, além de ler com atenção as embalagens e rótulos para fazer escolhas conscientes, optando por produtos que se alinhem com as necessidades nutricionais individuais. Eu acrescentaria o Profissional de Educação Física nessa lista de profissionais da saúde. Além disso, Bia destaca a importância de fazer correções de glicemia conforme necessário. Ela encoraja as pessoas com diabetes tipo 1 a estarem sempre acompanhadas de suas canetas de insulina, além dos monitores de glicose. Sabendo que muitas mulheres têm resistência a carregarem seus acessórios que monitoram e estabilizam a doença. Vivenciando todas essas etapas da diabetes, Bia criou uma linha de produtos para portadores da doença, a Loja Biabética. “Meu objetivo é tornar o dia a dia de quem tem a Diabetes mais prático, leve e colorido”.

Vale lembrar que no decorrer dos anos, dependendo do estilo de vida e da idade as necessidades de insulina (tipo e quantidade) e de medicamentos pode mudar e isso somente um médico poderá orientar e fazer a prescrição adequadas.

Conte pra mim nos comentários se essa publicação te ajudou e o que você vai mudar na sua rotina para melhorar sua saúde.