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Lições do técnico Tite para gestão de pessoas na academia

Desde que o técnico Tite assumiu a seleção foram seis jogos, com seis vitórias. O Brasil passou do sexto lugar nas eliminatórias da Copa do Mundo 2018 para a primeira posição. “O campeão voltou”. Esse é o canto atual da torcida brasileira, que voltou a acreditar no potencial da sua seleção masculina de futebol após um longo período de crise, marcado por eliminações e fracassos.

E como o novo comandante conseguiu mudar o cenário dessa equipe de forma tão rápida e, principalmente, eficiente? Para Alessandra Fonseca, psicóloga especializada em Administração de Recursos Humanos, “a combinação de fatores como técnica, experiência, inteligência emocional e disciplina foi decisiva para a seleção atingir esse novo patamar. E o melhor: ela pode servir de inspiração para gestores de equipes em diversas outras áreas, como nas empresas”, afirma.

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1. Sonhe grande, mas com metas reais: Tite tem visão de futuro e sempre estipula metas agressivas para sua equipe, mas que são factíveis. Os jogadores sentem-se motivados a buscarem algo maior, e são estimulados a treinamentos que respeitam suas individualidades, limites e potencialidades. A meta pré-estabelecida é sempre vencer o jogo, mas o treinador detalha, com um planejamento focado em cada posição, qual o caminho que será percorrido para alcançar essa meta, incluindo possíveis imprevistos;

2. Cerque-se dos melhores profissionais: Tite trouxe para a comissão alguns profissionais que já conhecia e confiava, e que acreditavam em seu estilo de trabalho. Além disso, passou a investir em alguns jogadores que estavam esquecidos nas convocações de Dunga, mas que, aos olhos do novo técnico, tinham habilidades que ele buscava para a nova seleção. Tite também é constantemente elogiado pela atenção que dispensa aos reservas. Ele acredita que a valorização de toda a equipe é fundamental e estimula uma disputa saudável por posições, elevando o nível de todos os jogadores, que passam a acreditar numa convocação justa por mérito e bom rendimento;

3. Acredite na importância do diálogo: Tite busca conhecer a fundo cada um dos seus liderados, seja com relação aos seus aspectos técnicos ou mesmo sobre questões da vida pessoal. Dessa forma, consegue explorar ao máximo as potencialidades de cada um, respeitando os papéis e funções dentro do time. Os jogadores já comentaram em entrevistas sobre a proximidade do técnico, sempre acessível e disponível. E essa postura mais aberta ao diálogo também foi percebida pela imprensa e pelo próprio staff da seleção, melhorando a convivência e o relacionamento do técnico com esses que são públicos estratégicos para ele;

4. Arrisque novos pontos de vista: melhorar a parte ofensiva. Segundo Tite, esse era o pedido que mais ouvia nas ruas. Mas o técnico, assim que assumiu a seleção, deixou clara sua obsessão pela defesa pois, segundo ele, era estratégico reforçar a base primeiro, nesse caso a marcação, para depois conseguir jogar com tranquilidade. A coragem de assumir suas convicções, independente da pressão e das adversidades, podem ser diferenciais competitivos. É importante batalhar pelas suas crenças com inteligência e controle emocional, trabalhando para vencer os limites e obstáculos;

5. Forme novos líderes: Tite faz um constante revezamento de capitães nos jogos da seleção, valorizando os líderes do grupo e dando oportunidades de desenvolvimento de novas habilidades. Isso aproxima a equipe, contribui para a interação dos jogadores e para o fortalecimento da coletividade do time.

Alessandra Fonseca

Formada em Psicologia pela Universidade de Brasília e especializada em Administração de Recursos Humanos pela Fundação Getúlio Vargas, Alessandra Vieira Fonseca é consultora organizacional, instrutora e palestrante especializada em Gestão de Pessoas e Recursos Humanos. A profissional atua na área organizacional desde 1993 e é sócia-proprietária da ConsultaRH – Coaching e Treinamentos.

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