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Peso ideal nem sempre é sinônimo de saúde

Quando o peso está adequado à altura é sinal de que a pessoa está saudável e não precisa perder gordura, correto? Muitos pensam assim, mas o peso isoladamente não deve ser a única referência, existem outros fatores que devem ser avaliados como o percentual de gordura corporal, massa muscular, quantidade de água corporal e peso dos ossos.

Segundo a nutricionista Gabriela Nunes, do Check-up HCor, as pessoas dão importância somente para o peso e isso acaba sendo errado. “O peso não deve ser o único indicativo para acompanhar a evolução na prática de uma atividade física nem da saúde. Alguns indivíduos, especialmente mulheres, mesmo aparentando ser magras, apresentam um índice de gordura corporal acima de 28%, o que não é saudável.”

A faixa de gordura normal é de 18 a 28% de gordura corporal para mulheres e de 10 a 20% para homens, de acordo com a bioimpedância – método utilizado para análise da composição corporal. “Parece contraditório, mas algumas pessoas são magras e possuem índice alto de gordura corporal”, acrescenta.

Quando comparamos a massa muscular e a gordura corporal de muitas mulheres magras, aparece um desequilíbrio desses componentes no corpo, revelando pouca massa muscular e um alto percentual de gordura.

“Uma pessoa com alto índice de gordura corporal, mesmo sendo magra, pode sofrer as mesmas consequências de saúde que uma pessoa acima do peso, como o aumento de colesterol, da hipertensão arterial, desenvolvimento de diabetes, maior chance de infarto agudo do miocárdio, entre outras, especialmente se houver acúmulo de gordura na região abdominal”, explica.

Algumas dietas restritivas acabam prejudicando os músculos, que viram fonte de energia para um organismo “desesperado”. Assim o organismo forçado à escassez de alimentos estoca o máximo de gordura possível. O resultado é a queda da massa muscular e o aumento da gordura corporal.

Por isso não é correto almejar um peso específico e sacrificar o corpo, pois isso pode ser prejudicial à saúde. O peso ideal vai depender de diversos fatores, como a idade, o sexo, a altura, a atividade física, a história do peso habitual da pessoa etc.

Para ter um corpo saudável, deve-se conhecer a sua composição corporal. Especialmente os praticantes de atividade física devem saber o seu percentual de gordura corporal e de massa muscular e quais são os valores adequados a cada modalidade esportiva, pois isso também é variável. Existem vários métodos para a determinação da proporção corporal, entre eles a bioimpedância e o uso de adipômetro são os mais comuns. As fórmulas prontas não são confiáveis e também não se deve querer ter os mesmos percentuais de gordura de atletas profissionais. “Números impostos acabam gerando uma busca inalcançável que causa muita frustração e faz com que as pessoas desistam de uma vida mais saudável”, explica.

O recomendável é procurar um nutricionista, investir em uma reeducação alimentar de acordo com a necessidade do indivíduo, sem incentivar dietas radicais. “Quando existe um equilíbrio entre massa muscular e gordura corporal, o individuo aumenta o metabolismo, reduz o percentual de gordura do corpo, além de prevenir inúmeras doenças como osteoporose, doenças cardíacas dentre outros benefícios”, finaliza a nutricionista.

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