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Médicos Nutrólogos explicam como deve ser o tratamento da obesidade

É muito comum que pessoas obesas, cansadas de tanto fracassar, busquem por soluções que aparentemente são imediatas e acabam por pular etapas no tratamento adequado da obesidade. Médicos nutrólogos explicam como deve ser o tratamento da obesidade.

A pirâmide da obesidade indica o passo a passo de como deve ser o tratamento contra a doença. Sem que se ultrapasse nenhuma etapa, o paciente deve seguir a ordem e as opções de tratamento, em forma de pirâmide, começando pela base. O desenho é exemplificado pela Associação Brasileira de Nutrologia – ABRAN, como forma de pontuar a prioridade das etapas e medidas a serem tomadas por médicos e pacientes. Os casos de obesidade aumentaram no Brasil e já atingem 20% da população, o que preocupa a entidade.

Tratamento da obesidade

“No início, temos a reeducação alimentar, com a inserção de uma nutrição saudável no dia a dia. Ao mesmo tempo, trabalhamos a modificação comportamental e a atividade física. Os passos seguintes são os medicamentos e, apenas por último, e caso as outras tentativas não tenham tido resultados favoráveis, a cirurgia bariátrica”, explica o Dr. Paulo Giorelli, médico nutrólogo e diretor do Departamento de Obesidade e Síndrome Metabólica da ABRAN.

O Dr. Durval Ribas Filho, presidente da entidade, alerta que não há cura para a obesidade e o tratamento é para o resto da vida. “Se o tratamento for suspenso, os sintomas voltam”, explica. Ele esclarece como funciona o entendimento do processo de pirâmide, como no exemplo abaixo:

Nutrição e a alimentação: É a primeira opção para as pessoas que estão acima do peso. Um programa alimentar é criado de acordo com cada caso. Participar de um tratamento de reeducação alimentar é o primeiro passo para mudar a situação de saúde do paciente.

Mudanças Comportamentais: normalmente é feito em conjunto com a reeducação alimentar. Um acompanhamento alimentar e um plano de exercícios são elaborados e acompanhados pelos profissionais de cada área.

Medicamentos: São recomendados quando o paciente já passou pelas duas etapas da pirâmide e não teve resultados satisfatórios. Existem casos em que só os remédios são capazes de tratar a obesidade. Se a pessoa chega a essa etapa do tratamento, a obesidade é diagnosticada e, como doença, a intervenção de remédios é necessária para que a evolução aconteça. “Com a proibição dos medicamentos, milhões de brasileiros obesos estão parcialmente desassistidos, pois não há substitutos no mercado para estas substâncias”, comenta o presidente da ABRAN.

Cirurgia Bariátrica: É a última etapa do tratamento e só deve ser indicado para pacientes que se enquadrem nos casos de obesidade grave, ou seja, aqueles que possuem IMC (Índice de massa corporal) acima de 40, obesidade entre grau dois e três associada à hipertensão grave, diabetes de difícil controle ou ser obeso há pelo menos dois anos.

 

Sobre a ABRAN
A ABRAN é uma entidade médica científica reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina. Fundada em 1973, dedica-se ao estudo de nutrientes dos alimentos, decisivos na prevenção, no diagnóstico e no tratamento da maior parte das doenças que afetam o ser humano, a maior parte de origem nutricional. Reúne mais de 3.800 médicos nutrólogos associados, que atuam no desenvolvimento e atualização científica em prol do bem estar nutricional, físico, social e mental da população.

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