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Assédio na academia – Quando o professor pode tocar em você

Vou abordar aqui o assédio que acontece na academia, mais especificamente o assédio que ocorre entre professores e alunos. Independentemente do gênero do professor ou do aluno, é importante buscar ajuda e apoio quando confrontado com esse tipo de situação.

Se você está passando por assédio por parte de um aluno, minha recomendação é procurar um professor ou professora com quem você tenha mais afinidade e conversar com ele/ela. Peça ajuda e certamente te apoiarão, podendo levar o caso à coordenação para resolver a situação. No caso do assédio professor-aluno, você também pode tomar a iniciativa de abordar a coordenação, há também a possibilidade de fazer uma denúncia ao CREF (Conselho Regional de Educação Física) da sua região. E em casos graves, onde uma conversa não surte efeito, pode optar por registrar um boletim de ocorrência na delegacia.

O que é assédio na academia, qual é o limite?

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A discussão que eu quero trazer é sobre o que podemos considerar como assédio, pois é importante definir os limites Quando o professor precisa tocar o corpo do aluno para explicar um exercício? Será que é realmente necessário tocar o aluno para fornecer uma explicação adequada?

Existem situações em que é necessário tocar o aluno para que ele entenda o movimento correto ou a parte específica do corpo que deve ser trabalhada. Muitas pessoas têm dificuldade em realizar certos movimentos ou posições apenas com instruções verbais ou demonstrações. Às vezes, é preciso tocar em partes específicas do corpo do aluno para que ele possa sentir e ativar os músculos corretos, colocando as articulações na posição desejada para o exercício.

No entanto, é importante respeitar os limites. O toque pode ser feito apenas com as pontas dos dedos, de forma leve, sem a necessidade de apalpar ou grudar na pessoa. Além disso, é necessário avaliar se realmente é necessário que o professor toque determinadas partes do corpo do aluno. Em alguns casos, o professor pode pedir para que o aluno se toque na região em questão para obter o mesmo efeito demonstrado pelo professor. Por exemplo, no exercício de adução das pernas, o professor pode tocar a parte interna das próprias pernas e pedir ao aluno para fazer o mesmo, no próprio corpo, a fim de sentir a contração muscular correta.

Se, de qualquer forma, mesmo com toques leves, você se sentir desconfortável, é importante comunicar isso ao professor. Expresse o desconforto que você está sentindo, pois um professor atento e cuidadoso irá respeitar sua preocupação e até mesmo pedir desculpas por não ter percebido isso anteriormente. Ele estará disposto a mudar sua abordagem de acordo com suas preferências.

Outro ponto importante é que o professor deve comunicar ao aluno antes de tocar. Por exemplo, ele pode dizer: “Vou encostar minha mão no seu braço agora, para que você possa perceber o local exato onde deve realizar a contração para executar o movimento corretamente”. Essa comunicação prévia estabelece um ambiente de confiança e respeito.

Se o professor começar a se comportar inadequadamente ou ficar irritado com você por expressar sua preocupação, é hora de considerar denunciar o caso ao coordenador da academia para buscar uma resolução adequada. Caso seja um personal trainer, você também pode rescindir o contrato e buscar outros meios para solucionar o problema.

Se você sofreu assédio na academia e conversar não foi suficiente, pode fazer uma denúncia no CREF (Conselho Regional de Educação Física) da sua região, ou até registrar um boletim de ocorrência relatando o ocorrido.

Lembre-se de que é fundamental que as interações entre professores e alunos sejam pautadas pelo respeito, consentimento e profissionalismo. Todos têm o direito de se sentir seguros e confortáveis durante as aulas na academia.

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