O Alzheimer, também conhecida como Doença de Alzheimer ou Mal de Alzheimer, é uma doença neurodegenerativa caracterizada pelo declínio das funções intelectuais que reduz a capacidade de trabalho, relações sociais e interfere no comportamento e personalidade. É a forma mais comum de demência em idosos e sua causa é desconhecida.

alzheimer e exercicio

Características do Alzheimer

A principal característica do Alzheime ré a perda da memória recente. A pessoa pode ser capaz de lembrar de fatos de sua infância e esquecer, por exemplo, que acabou de almoçar.

Prevalência do Alzheimer

Em pessoas na faixa dos 50 anos a doença é rara, entre 60 e 65 anos é de cerca de 1% da população. A partir dos 65 anos duplica a cada 5 anos. Depois dos 85 anos atinge de 30% a 40% da população.

O risco é mais alto em pessoas com histórico familiar de Alzheimer ou outras demências, é mais frequentes em indivíduos com Síndrome de Down e parece existir um predomínio no sexo feminino.

Embora nem todos os estudos confirmem parece haver uma relação entre as pessoas que sofreram traumas cranianos, como boxeadores, e o desenvolvimento da doença. Outra característica importante são determinadas características genéticas presentes na apolipoproteína, uma proteína presente na circulação e responsável pelo transporte do colesterol* no sistema nervoso central.

*o colesterol é necessário para a integridade da bainha de mielina que envolve as raízes nervosas

alzheimer

Diagnóstico do Alzheimer

O diagnóstico é difícil. A família tende a acreditar que os lapsos de memória sejam “normais da idade” e o doente tende a esconder sintomas poe sentir-se envergonhado. É fundamental o acompanhamento médico pois existem outros problemas como hipertensão e hipotireoidismo que também podem causar a perda da memória e tem tratamento!

O atendimento aos pacientes que sofrem do Mal de Alzheimer, pode ser feito pelo SUS,  nos Centros de Referência em Assistência à Saúde do Idoso e nas unidades ambulatoriais de saúde.

Fique atento quando perceber:

  • Falta de memória para acontecimentos recentes;
  • Repetição da mesma pergunta várias vezes;
  • Dificuldade para acompanhar conversações ou pensamentos complexos;
  • Incapacidade de elaborar estratégias para resolver problemas;
  • Dificuldade para dirigir automóvel e encontrar caminhos conhecidos;
  • Dificuldade para encontrar palavras que exprimam idéias ou sentimentos pessoais;
  • Irritabilidade, suspeição injustificada, agressividade, passividade, interpretações erradas de estímulos visuais ou auditivos, tendência ao isolamento.

Estágios do Alzheimer

Existem quatro estágios que variam conforme o quadro degenerativo: leve, moderado, grave e terminal. Esses estágios podem variar na sua duração e possuem subdivisões. Em média, o primeiro estágio tem duração de 2 a 10 anos; o segundo, de 1 a 3 anos; e o terceiro, de 8 a 12 anos.

  • Estágio 1 (forma inicial): Alterações na memória, personalidade e nas habilidades visuais e espaciais;
  • Estágio 2 (forma moderada): Dificuldade para falar, realizar tarefas simples e coordenar movimentos. Agitação e insônia;
  • Estágio 3 (forma grave): Resistência à execução de tarefas diárias. Incontinência urinária e fecal. Dificuldade para comer. Deficiência motora progressiva;
  • Estágio 4 (terminal): Restrição ao leito. Mutismo. Dor à deglutição. Infecções intercorrentes.

Tratamento do Alzheimer

Embora não tenha cura é possível retardar o desenvolvimento através da introdução de alguns medicamentos.

O exercício também pode ser um aliado tanto no tratamento quanto na prevenção da doença.

Alzheimer e exercício

Existem vários estudos científicos que apontam o exercício com um efeito protetor para o Alzheimer.

Um documento publicado pelo Exercise is Medicine do American College of Sports Medicine nos traz algumas dicas sobre a prática de exercícios para quem sofre com o Mal de Alzheimer. Clique aqui para ler o documento na íntegra – em inglês)

  • Converse com o médico sobre a integração de exercício físico regular no plano de tratamento.
  • Não deixar de tomar os medicamentos, como recomendado pelo médico. O exercício não substitui o remédio.
  • Os objetivos do  programa devem ser o de melhorar a mobilidade, a capacidade de realizar atividades da vida diária e a aptidão física geral.
  • É importante escolher  atividades que goste e vai fazer regularmente, como caminhada e ginástica leve. As aulas em grupo também fornecem um elemento social importante.
  • Fazer do exercício uma parte da rotina diária e semanais. Buscando fazer sempre nos mesmos dias e horários.
  • É importante contar com a  ajuda de outras pessoas para lembrar das sessões agendadas e exercícios.
  • O programa de exercícios deve ser pensado para maximizar os benefícios com o menor risco de agravar a saúde ou condição física. Considere contatar um Personal Trainer.